A escola João de Barros é apelidada, de forma carinhosa, por “amarelinha”. A cor é ali a definição da identidade. O amarelo, uma cor quente e vibrante, juntamente com o verde envolvente conferem energia.

Enquanto projectistas e também habitantes da cidade essa imagem não deveria ser dominada. Assim, optamos por uma ampliação discreta sendo o seu impacto minimizado relativamente ao edificio existente.

Julgamos ainda que aos olhos daqueles que a usam, as crianças, ela deveria ser colorida.

Tínhamos então três mensagens a ter em conta para a definição do conceito:

            - Manter o impacto do amarelo do edifício existente;

            - A ampliação com uma imagem discreta;

            - Atribuir cor ao dia a dia das crianças.

Aquando da visita á escola era notório a grelha cinza de betão que protege os vãos existentes. Essa imagem forte ficou gravada. É uma solução para o ensombramento de vãos, apetecia usar… Mas era necessário algum cuidado e muita destreza, não fosse o resultado final ser algo agressivo ou que remetesse para reclusão.

A conjugação de vários elementos serviram de mote para a arquitectura apresentada. Uma solução que se autonomiza mas que faz a ponte com o existente.

Para preservar a identidade da escola optámos por um volume que pela sua cor cinza pretende passar despercebido no contexto geral. Uma grelha que é reinterpretada e que projecta cor. A juntar a isso criámos um acesso vertical que é simultaneamente um elemento adossado ao edificio e uma “escultura” escavada.

Enquanto que pelo exterior o impacto do novo corpo esteja minimizado, o alçado virado a Sul conjuntamente com o espaço interior conferem uma fusão de cores, texturas e materiais. O amarelo quente,o verde vibrante, o azul harmonia conferem uma dinâmica nos espaços de permanência das crianças, sendo uma projecção da envolvente.

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